Um ano repleto de boas notícias, de histórias cheias de afeto e solidariedade, que tanto nos inspiraram a seguir em frente e, principalmente, a continuar fazendo o bem. Ao olhar para trás, temos a certeza do quanto valeu a pena sonhar, de que a parceria e o amor de crianças e adultos podem transformar, sim, o mundo ao nosso redor. E ter a oportunidade de conhecer homens e mulheres incríveis, que desenvolvem trabalhos tão importantes para a sociedade, e dividir tudo isso com outras pessoas, que curtem, compartilham e prestigiam esses projetos, mostra que 2016 foi um ano especial!

Como não se emocionar com a Escolinha Arnobão, projeto que usa o futebol para mudar vida de crianças e adolescentes, na cidade de Aquiraz? É o esporte como ferramenta para agregar valores, como bem disse Paulo Nobre, um dos idealizadores dessa iniciativa. “Passamos orientações não para transformar a garotada em jogador e sim em um cidadão de bem. Devagar vamos construindo um projeto do bem que hoje é super bem visto na comunidade”, afirma.

A história da Biblioteca Comunitária Denise Ferreira Luz, iniciativa que realiza ações sociais voltadas para leitura, patinação e outras atividades em Itaitinga, também foi destaque no Prêmio Social Esporte Clube em 2016. E foi contando essa história que entendemos tão bem o verdadeiro significado da palavra voluntariado. “Para mim, trabalhar de graça é uma coisa muito boa, porque quem dá é quem recebe. Eu estou dando, mas eu recebo quando vejo o conhecimento chegando a esse local tão carente de tudo”, conta, emocionada, Francimar Ferreira da Costa, de 71 anos, fundadora do projeto.

Exemplos de vida e superação também nos inspiraram ao longo do ano, como foi o caso da trajetória de Chiquinho, o garoto de Horizonte que tem vencido desafios para realizar o sonho de ser jogador de futsal. Ele sabe que a estrada é longa, mas, no meio do caminho, consegue encontrar o apoio necessário para driblar todos os obstáculos.

O desenvolvimento social e a inclusão da mulher no futebol são as principais frentes de atuação da Associação Menina Olímpica, que há 10 anos vem revelando jogadoras talentosas e cidadãs comprometidas e protagonistas de suas próprias escolhas. Contamos essa história em 2016 e, nesse mesmo ano, elas conquistaram o título do Campeonato Cearense de Futebol Feminino, o que foi motivo de orgulho para gente e para todos que tiveram a chance de conhecer melhor esse projeto. Um projeto que valoriza a mulher e sua atuação em tempos de tantas controvérsias e polêmicas.

A Associação Fortaleza Azul – FAZ, que conscientiza e promove ações para mostrar as necessidades de direitos específicos dos portadores do Transtorno do Espectro Autista, também foi um dos destaques esse ano. Em 2016, o projeto reuniu psicólogos, musicoterapeutas, voluntários, pais e filhos para a realização do espetáculo “Azul da Cor do Mar – Uma Sinfonia Diferente”, onde a cidade pôde olhar com carinho e respeito para as crianças com autismo.

Vimos ainda que é possível fazer o bem por meio das artes marciais. O projeto social Jesus Campeão Absoluto (JCA), por exemplo, leva os ensinamentos do Jiu-Jistu para aproximadamente 120 crianças e adolescentes dos bairros Ellery, Vilha Velha e Jardim Iracema, em Fortaleza. É bonito ver o sentimento de gratidão que os alunos sentem pelo simples fatos de participarem das aulas. Todos, do mais novinho aos mais experientes, sabem da importância do Jiu-Jitsu em suas vidas, seguindo à risca a filosofia e os ensinamentos da arte marcial para além do tatame.

Em 2016, também demos visibilidade para Associação Vidança, inciativa que transforma vidas de cerca de 200 crianças, jovens e adultos do bairro Vila Velha, em Fortaleza, por meio da arte e da dança. “A arte possibilita, facilita, ajuda, leva a gente a querer ser. Leva a gente a criar”, costuma dizer Anália Timbó, professora, bailarina, coreografa e fundadora do projeto.

Acompanhamos ainda a trajetória do ex-maratonista Cláudio Freitas Carneiro, que fundou, em 2005, a Escolinha Pique do Atletismo, no bairro Jurema, em Caucaia (CE), com o objetivo tirar as crianças e os adolescentes das ruas a partir da prática esportiva. Um dos sucessos desse projeto está no envolvimento dos familiares e amigos da garotada, que reconhece e valoriza o trabalho desenvolvido no projeto.

Outra lição que aprendemos é que Ainda Existe Amor em Fortaleza. E é justamente esse o nome do projeto social que promove atividades artísticas e culturais para crianças, adolescentes e adultos da periferia. A ideia dessa iniciativa é, além de levar amor, alegria e cidadania para a criançada e sua família, mostrar que todos podem, e devem, lutar pelos seus sonhos.

Já a Associação Fortaleza Down surgiu com o objetivo de promover e articular ações de defesa e garantia de direitos, prevenção de abusos e ilegalidades, orientação e acessibilidade aos serviços, apoio às famílias e, principalmente, inserção da pessoa com Síndrome de Down na sociedade. “Fazemos questão de promover ações de convivência da criança com a família, com os amigos e também com as d emais pessoas que frequentam esses lugares”, explica Sâmia Viana, vice-presidente do projeto.

Por fim, contamos o trabalho e a rotina do Grupo da Paz, instituição que promove a cidadania de jovens do Conjunto Ceará, a partir de atividades artísticas e esportivas, como futebol, futsal, vôlei, capoeira, ballet, jazz dance, informática e pintura em tecido. Além disso, o projeto realiza atendimento médico mensal, mas sem esquecer o trabalho de orientação e incentivo aos estudos.

Prêmio Social Esporte Clube
Ainda em 2016, foi realizada a primeira edição do Prêmio Social Esporte Clube, que aconteceu no dia 30 de junho, no Auditório Deputado João Frederico Ferreira Gomes, da Assembleia Legislativa do Ceará. O objetivo do evento foi bem simples: uma comissão julgadores elegeu seis projetos para entrar em votação popular no site. Além disso, eles ganharam destaque no Caderno Especial do Diário do Nordeste, como forma de torná-los ainda mais visíveis ao público cearense. Escolinha de Futebol Arnobão, Biblioteca Comunitária Denise Ferreira Luz, Associação Menina Olímpica, Chiquinho do Futsal e Associação Fortaleza Azul foram os finalistas. Os vencedores: Associação Fortaleza Azul, primeiro lugar, Associação Menina Olímpica, segundo lugar, e Escolinha de Futebol Arnobão, terceiro lugar.

E em 2017 tem mais
Esses são apenas alguns projetos abordados pelo Social Esporte Clube ao longo desse ano. Foram mais de 20 histórias, que têm em comum o amor pelo próximo e a certeza que ajudar aqueles que mais precisam é a maior recompensa que se pode ter. E em 2017 não será diferente! Vamos continuar dando visibilidade para projetos sociais que fazem o bem por meio do esporte, da arte e da educação. E convidamos você a fazer parte desse time com a gente, divulgando, apoiando, voluntariando-se! Fazer o bem é o nosso esporte e em 2017, queremos fazer um placar recheado de sorrisos sinceros ajudando o próximo.