Área de responsabilidade social sempre foi uma premissa básica no Instituto do Câncer do Ceará (ICC). Com este pensamento, Heloisa Juaçaba, esposa do Dr. Haroldo Juaçaba, um dos fundadores do ICC, criou em 1954 a Rede Feminina, com a missão de contribuir para a luta contra o câncer no Ceará a partir de campanhas educativas e eventos que ajudassem a arrecadar recursos para atendimentos a pacientes carentes. Um dos principais propósitos da Rede Feminina é garantir assistência às pessoas acometidas por câncer, através de movimentos filantrópicos tendo como suporte a colaboração de empresários e pessoas interessadas em prestar algum tipo de ajuda.
Heloisa Juaçaba sempre relatou sua admiração pela maneira que o esposo dedicava-se a carreira de Medicina, ele exercia uma Medicina muito humanitária, muito bonita. Um dia, acompanhando-o em uma de suas visitas a um paciente carente, passou por uma ponte e viu debaixo dela pessoas pobres. Isso me a comoveu profundamente e resolveu ajudar Haroldo. No dia seguinte, começou a organizar a Rede Feminina do ICC.
Um dos primeiros trabalhos da Rede aconteceu no dia 13 de novembro de 1954, quando um Desfile de Moda foi organizado para arrecadar recursos para o ICC. A festa foi realizada no Ideal Clube e contou com a participação de 45 modelos e 15 costureiras. Com essa promoção, a Rede Feminina arrecadou materiais específicos para atendimento de pacientes com câncer de colo uterino, na época, o tumor maligno de maior incidência.
A partir de então, o trabalho não se restringiu apenas à assistência aos enfermos, adquirindo uma amplitude bem maior com as campanhas educativas, como as de prevenção do câncer ginecológico. Ao longo dos anos, essa missão foi se expandindo e conquistando novas frentes, como a inauguração da Enfermaria Carmem Prudente, hoje chamada de Casa Vida que recebe pacientes de outros municípios do Estado que não têm onde se hospedar durante o tratamento oncológico realizado no Hospital Haroldo Juaçaba.
Atualmente, as ações da Rede Feminina do ICC estão voltadas para o atendimento realizado na Casa Vida, cuja nova sede tem capacidade para atender 150 pacientes incluindo os seus acompanhantes, recebendo seis refeições diárias, além de serviços multiprofissionais, como: psicologia, fisioterapia, nutrição, terapia ocupacional e, também, oficinas artísticas. Este é o diferencial da Casa Vida, o atendimento integrado. Motivo de orgulho para a Dra. Lúcia Alcântara, atual presidente da Rede Feminina do ICC.
A Rede é a parte de maior sensibilidade do ICC, pois não cuida apenas da doença, ela faz o acolhimento. Oferece a humanização do tratamento realizado no Hospital. Preocupa-se com o paciente e sua família, aquele que está passando por uma fase difícil da vida.
O tratamento oncológico dos pacientes carentes é acompanhado pela Rede Feminina por meio de projetos sociais que valorizam a qualidade de vida. Todo o trabalho filantrópico é realizado por uma equipe da Rede Feminina, incluindo 300 voluntários, que realizam atividades em diversos setores do Hospital e da Casa Vida.
O trabalho social é fundamental no acolhimento do paciente. A Rede sabe o quanto é importante ele ser recebido nesta fase da sua vida, quando ele está longe da sua casa e do aconchego familiar. Dentro do ICC, ele sempre terá alguém olhando por ele e identificando as necessidades que vão além do tratamento médico. Aqui ele tem sobretudo um apoio emocional.
fonte: www.icc.org.br