PROJETO RESGATE

PROJETO RESGATE

O principal foco do esporte é a construção do ser humano, principalmente para crianças e adolescentes que moram em áreas de vulnerabilidade social. Muitas vezes lhes falta alguém como referência para se espelhar. Por isso o Projeto Resgate não tem como objetivo principal formar campeões olímpicos de judô, mas sim, mudar a realidade das pessoas presentes na associação, dar uma oportunidade e semear bons modos através de situações positivas na formação do caráter da criança e do adolescente.

O judô não incentiva a violência, pelo contrário, é um esporte regido pela disciplina, respeito, compromisso, ética e a paz entre as pessoas. É com esse princípio que o Projeto Resgate procura, como sugere o nome, resgatar jovens das ruas das periferias onde atua.

No início funcionava dentro do Projeto Revarte, no Conj. Alvorada, mas cresceu tanto que ganhou um nome e local próprios. Desde 2007 o projeto funciona na Escola João Nogueira Jucá, na comunidade da Sapiranga. Mas, também possui outros núcleos no bairro Messejana, dentro de uma associação no Sítio Estrela, na cidade de Maracanaú e ainda em Aratuba, somando mais de 250 alunos beneficiados com o esporte.

O projeto Resgate também não se restringe somente às crianças e adolescentes. E a Nívea Maria, de 43 anos, é um exemplo. Ela treina judô junto com os filhos adolescentes. “Tenho quatro filhas que fazem judô. A sub-15 foi campeã brasileira e a mais velha também já teve bons resultados. Pelos meus filhos eu vim, eles me incentivaram a fazer parte do dia a dia deles”, conta a judoca Nívea.

Independente da idade, o projeto muda vidas, trabalha o respeito e a hierarquia, transforma o “cair e levantar” do esporte em aprendizado para os atletas. “Vou pra escola pensando no judô, almoço pensando no judô, merendo pensando no judô e toda hora querendo treinar, em todos os momentos”, confessa a adolescente Kátia Ribeiro. Ela aos quatorze anos conquistou o Campeonato Brasileiro Interclubes de judô e é mais uma aluna a se destacar nas competições.

Atualmente o projeto se sustenta através de parcerias e doações, não cobra nenhuma taxa para pessoas interessadas e também fornece o material necessário para a prática do judô. “Nós temos nossos colaboradores, pessoas que nos ajudam muito, dão contribuições mensais para o projeto Resgate e que não gostam e não querem aparecer”, explica o idealizador do projeto, o sansei Cássio Januário. Interessados devem levar RG, CPF, Certidão de nascimento e Comprovante de endereço, seu ou de um responsável legal. Para ajudar esse projeto, ligue: (85) 98505.5291. Conheça as outras histórias finalistas e vote no Prêmio Social Esporte Clube 2018.