No Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, uma organização não governamental combina artes marciais e educação para empoderar a juventude local. Instalada há 17 anos na comunidade, a Luta pela Paz apostou no boxe e na oferta de serviços para afastar adolescentes da criminalidade.
Atualmente, a instituição atende cerca de 2,5 mil moradores por ano e lidera uma rede global de filiais e parceiros que atuam em 25 países e beneficiam mais de 250 mil jovens.
Como explica o criador da ONG, o ex-boxeador britânico Luke Dowdney, na ‘Luta pela Paz’ o esporte é uma plataforma e um meio para transmitir valores como disciplina, respeito e determinação. “Você treina junto com todo mundo, como equipe, mas você participa sozinho. Ela (a luta) é muito boa para a autoestima, a independência”, explica.
Mas as modalidades ensinadas — boxe, capoeira, jiu-jitsu, judô, luta livre, luta olímpica, muay thai e taekwondo — são apenas o ponto de partida para o desenvolvimento pessoal de cada um dos meninos e meninas que passam pelos ringues da instituição.
Alunos têm a possibilidade de frequentar aulas de cidadania e também de concluir os ensinos fundamental e médio na própria organização. Também recebem orientações para se inserir no mercado de trabalho e são estimulados a ocupar posições de liderança no lugar onde vivem.
Jovens participam até mesmo da seleção de funcionários da Luta pela Paz. Outros serviços incluem assistência social e psicológica.
Para Dowdney, é necessário olhar o jovem como protagonista da sua própria vida. Ao mesmo tempo, é fundamental enfrentar os problemas sistêmicos — como a violência urbana e a exclusão social — que põem obstáculos nas trajetórias de determinados grupos.
Conheça mais o trabalho desenvolvido pela ONG neste vídeo.
Fonte: Nações Unidas no Brasil – ONUBR