O ser humano e a natureza em total sintonia. Esse é o propósito do Instituto Verdeluz, Organização Não Governamental (ONG), localizada em Fortaleza. Através da educação, ativismo e conservação, a entidade desenvolve ações para chamar a atenção da população a cuidar melhor de um bem imensurável: o meio ambiente e o seu ecossistema.

O projeto nasceu em 2013, por meio de um programa de extensão de um grupo de alunas da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC), que tinham o sonho de colocar em prática o conceito de sustentabilidade. A ideia era aliar o meio ambiente e a ação social através da educação ambiental para crianças. Para tornar esse sonho possível, o grupo rompeu os muros da universidade e levou a primeira atividade para a Associação Boca do Golfinho, no Bairro Serviluz na capital cearense.

A presidente do Instituto, Liana Queiroz, destaca que uma das maiores conquistas do projeto é perceber essa interação dos participantes com a causa ambiental. “Contribuir para que haja essa conexão entre o ser humano e a natureza nos faz ter o sentimento que estamos cumprindo a missão do Verdeluz. Essa jornada se constrói através do engajamento jovem, da educação ambiental, da conservação e do ativismo”, ressalta.

O estudante de ciências biológicas Gabriel Chagas era membro do Verdeluz desde de 2014, mas infelizmente faleceu recentemente deixando um grande legado para o instituto. Em um depoimento recente nas redes sociais ele contou a satisfação em ter descoberto o projeto. “Nesse período eu diria que o projeto foi um fator motivador na minha vida em diversos aspectos. Eu encontrei o Verdeluz e me encontrei ao mesmo tempo. O projeto carrega consigo uma esperança na qual a gente busca uma mudança no mundo, um lugar talvez mais justo. Por isso nós temos esse nome, o verde da esperança e a luz de enxergar um caminho no fim do túnel”, contou Gabriel.

Liana reforça o quanto as pessoas que passam pela entidade se transformam positivamente. “É literalmente uma mudança de paradigmas na vida dos nossos voluntários. Muitos deles depois que saem continuam trabalhando na pauta ambiental. É gratificante para todos nós perceber que os nossos voluntários têm grandes transformações de atitudes, modo de ver a vida e como podemos potencializar essa transformação e ampliar para que essa mudança aconteça para mais pessoas”, conclui.

Atualmente, o Verdeluz conta com quatro frentes principais:

Grupo de Estudos e Articulações sobre Resíduos Urbanos (GRU) – responsável por discutir os impactos dos resíduos sólidos urbanos e consumo consciente. Os integrantes também realizam limpezas de praias, pesquisas acadêmicas, educação ambiental, promoção e discussão de políticas públicas.

Em novembro de 2013 uma tartaruga verde encalhou próximo a Associação Boca do Golfinho, e nada pode ser feito para salvá-la. Dessa história, em 2014, surgiu GTAR-Verdeluz, que procura estudar a vida das tartarugas marinhas, e provar que elas existem em Fortaleza, para que ações dos órgãos competentes em prol de sua conservação possam ser colocadas em prática.

O Programa de Participação e Informação Ambiental (PIPA) iniciou suas atividades com o objetivo de trazer à tona informações sobre o meio ambiente da Capital de forma a sensibilizar a opinião pública para os mesmos e de incluí-la na luta. 

O Ativismo é um dos projetos do Verdeluz que age de forma transversal. O objetivo é acompanhar os processos políticos ligados à proteção do meio ambiente na cidade alencarina.

A instituição é atuante também em conselhos gestores e assentos diversos na esfera governamental, participando das Conferências do Clima das Nações Unidas e acompanhando os mais diversos processos de movimentos socioambientais, muitas vezes oferecendo também assessoria jurídica.

 

Confira abaixo um vídeo produzido pelo Instituto Verdeluz.