Sábado, 8h da manhã, e mais um belo dia de sol no Parque do Cocó. Entre casais apaixonados, jovens praticando exercícios físicos, homens e mulheres passeando com seus animais de estimação, existe um animado grupo que chama atenção. São crianças de várias idades que brincam, conversam e se divertem ao lado dos pais, tios, irmãos e amigos. Interagem não só entre eles, mas com todos que estão por perto, que não resistem e acabam se envolvendo com aquela cena cheia de alegria e ternura. Poderia ser só mais um piquenique, como tantos outros que acontecem nos parques da cidade, mas esse momento se torna mais especial por um simples motivo: quem está lá são crianças espe ciais. Trata-se de mais um encontro realizado pela Associação Fortaleza Down.
Criada em 2012, a Associação surgiu com o objetivo de promover e articular ações de defesa e garantia de direitos, prevenção de abusos e ilegalidades, orientação e acessibilidade aos serviços, apoio às famílias e, principalmente, inserção da pessoa com Síndrome de Down na sociedade. Eles realizam encontros em locais ao ar livre, como praças e parques da cidade. “Fazemos questão de promover ações de convivência da criança com a família, com os amigos e também com as d emais pessoas que frequentam esses lugares”, explica Sâmia Viana, vice-presidente da Associação Fortaleza Down.
Os encontros são realizados em datas especiais, como Natal, Dia das Mães e Dia das Crianças com um divertido piquenique quando momentos de respeito e amor ao próximo se tornam tão evidentes. Todos estão juntos, crianças com ou sem deficiência, seus familiares, amigos e demais frequentadores dos espaços públicos, mostrando que é possível, sim, conviver e ser feliz apesar das diferenças.
Normal nas diferenças
A luta para quebrar preconceitos e ter uma vida normal é uma constante para as 250 famílias cadastradas na Associação Fortaleza Down. Além dos encontros ao ar livre, a instituição também realiza ações de conscientização, como a exposição fotográfica “Uma Careta Para o Preconceito”, realizada de 17 a 21 de março, em alusão ao Dia Internacional da Síndrome de Down. Isso porque elas entendem que, embora existam limitações, crian&ccedi l;as e adultos com Síndrome de Down são tão capazes como qualquer outra pessoa.
Romulo Coelho, pai da pequena Isadora, sabe bem o que é isso. “Nós procuramos ter uma vida mais normal possível, a gente não se diferencia e nem lembra que ela tem Síndrome de Down”, afirma. Sâmia Viana também acredita que o amor é capaz de superar todas as diferenças. “Não existe filho com Síndrome de Down, existe filho! Minha filha foi muito amada e desejada, impendentemente das limitações e com todos os desafios que vão surgir, assim como qualquer criança. A gente vai no dia a dia se descobrindo”, diz.
Quem também faz questão de mostrar aos outros o quanto é possível ser feliz e viver uma vida plena são as próprias crianças e adolescentes, como a Alice Costa, 10 anos. Ela não parou de brincar, cantar, dançar e sorrir durante o piquenique de Dia das Crianças. Como qualquer menina da sua idade, ela gosta de passear com a família e os amigos e ama o seu cachorrinho de estimação. Já o Roberto Neto, 17 anos, é apaixonado pela namorada, adora sair para dançar e não dispensa uma boa balada, como todo jovem dessa idade.
E assim, unidas, as famílias da Associação Fortaleza Down enfrentam os desafios e experimentam viver o amor incondicional. Amor esse que precisa chegar ao coração de todos!
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